quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nascimento da Arquitetura Cristã: Basílicas

Nascimento da Arquitetura Cristã


A Arquitetura Cristã iniciou-se na Idade Média (séc. V ao XV), sucessiva à queda do Império Romano.
Idade Média:
- iniciou-se após o fim do Império Romano do Ocidente, quando Roma foi invadida pelos bárbaros germânicos em 476 d.C.;
- finalizou-se juntamente com o Império Romano do Oriente, quando houve a Queda de Constantinopla, (tomada pelos turcos em 1453).
Durante o Império Romano, os cristãos eram perseguidos, pois tal crença era considerada um atentado ao Imperador. 
Durante o governo de Nero, em 64 d.C. se deu a primeira grande caça aos cristãos.

Tal perseguição só teve fim quando o imperador Constantino em 311 d.C., convertido pela fé cristã, instituiu o cristianismo como a religião oficial do Império e a Igreja como um poder do Estado. Portanto, houve a necessidade de locais para cultos religiosos, daí iniciaram-se as construções das grandes igrejas.

Basílicas

As primeiras edificações destinadas ao uso da Igreja foram as Basílicas.
A basílica eram salões de reuniões, edifícios cívicos, que geralmente eram usados para o comércio e a justiça. Trata-se de um salão retangular, com duas colunatas paralelas e duas absides opostas, na extremidade menor do edifício.
Nas basílica paleocristã, um dos absides foi removido para dar lugar à entrada (que foi  deslocada para o lado menor do espaço) e o altar foi colocado no abside do lado oposto.
A composição do espaço passou a ser composta da seguinte maneira: o coro (região da abside, onde estava o altar), a nave (área central onde se sentavam os fieis) e as alas (compartimentos laterais).

“Construtivamente, a basílica paleocristã se constitui a partir de duas paredes com colunatas paralelas contraventadas por uma série de treliças de madeira que suportam uma simples cobertura de duas águas. Trata-se de uma construção um pouco descuidada que costuma aproveitar materiais e elementos de outros lugares (pilares e capitéis), sem muita preocupação com o aspecto unitário” (PEREIRA, 2010, p. 106).

Basílicas Ainda Existentes

  • Santa Sabina (422-432)

















  • Santa Maria Maggiore (432-440)















































  • Santo Apollinare in Classe, em Ravena, na Itália (534-549)


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Modernismo: Racionalismo e Funcionalismo Arquitetônico



Sobre o movimento Modernista na Arquitetura e no Urbanismo

 

 


A arquitetura e o urbanismo abrangem tanto aspectos plásticos, como aspectos funcionais.
A partir do século XIX, a estética veio perdendo importância para a ciência e tecnologia. Assim nascem os ideais funcionalistas e racionalistas.
A industrialização impulsionou o desenvolvimento tecnológico e a expansão urbana.
A consolidação da indústria, por onde passava, transformava o modo de vida da sociedade. Pois, as fábricas atraíram muitas pessoas que buscavam oportunidade de trabalho.
Foi-se necessário oferecer moradia às pessoas atraídas pela oferta de emprego. Sendo assim, a cidade precisou se transformar rapidamente para atender todo esse crescimento, que se expandia em ritmo acelerado.
Esse crescimento veloz causou um caos urbano, devido problemas de falta de habitação, higiene, salubridade e a especulação imobiliária. A partir daí surge o Urbanismo formal enquanto ciência, visando o saneamento e resolver o problema da habitação.
Observando esse cenário, entende-se necessária uma mentalidade funcionalista e racionalista para que fossem supridas as necessidades da população de maneira rápida e eficaz.
Surgimento do Modernismo
Com o objetivo reduzir arquitetura à sua função (funcionalismo), atendendo ao seu programa de forma pragmática - desprovida de qualquer ornamento (racionalismo), atender ao crescimento populacional, oferecendo moradia, além de ter a intenção utópica de transformar a sociedade através da arquitetura, surge o Modernismo.
Utilizando novos materiais e tecnologias provenientes da produção industrial. A forma passou a ser resultado do programa e dos materiais empregados na construção.
O surgimento dos ideais funcionalistas e racionalistas do Modernismo foi essencial na época, pois minimizou problemáticas urbanas (principalmente da habitação) de maneira prática.
Importância do Modernismo
O Modernismo arquitetônico foi muito importante devido sua eficiência em atender as necessidades que a cidade apresentava, em menor prazo e de maneira objetiva.
...pois, os materiais eram fabricados em série de forma padronizada, o que não só acelerava o processo de produção, como facilitava a técnica construtiva, o que economizava tempo e reduzia custos.
A habitação passou a ser de tamanho mínimo reduzido, suficiente apenas as suas funções, possibilitando a construção de maior número de casas. Eliminando assim, qualquer excesso.

A ornamentação seria uma perda de tempo, já que a o objetivo era atacar as prioridades.

Análise crítica
"O Modernismo e seus ideais foram revolucionários e necessários na evolução da arquitetura, possibilitando o surgimento de novos ideais e estilos, desvencilhando a arquitetura, de certa forma, da  “tendência” de se seguir ou perpetuar modelos, estilos e ideias passadas. Apesar disso, é importante considerarmos o que aconteceu no cenário da arquitetura de épocas anteriores para utilizarmos desses conhecimentos, intervenções e propostas para continuarmos propondo projetos que condizem com nossa época e nossas necessidades atuais.
Apesar de o ideal racionalista partir de um princípio de que os ornamentos são, de certa forma, “supérfluos”; uma obra puramente funcionalista pode ser muito bela, como muitas que poderiam ser citadas. Isso é possível não somente pelas suas formas, cores e texturas puras, como também, simplesmente por seus objetivos, intenções e sua essência.
A arquitetura tem o poder de comunicar. O movimento Modernista não só foi eficiente nesse aspecto ao comunicar seus ideais, como foi também em atingir os seus objetivos.
O Modernismo comunicou um pensamento, uma ideologia sociopolítica igualitária, além de ser um retrato da sociedade da época em que se desenvolveu. Época essa de revolução e progresso."  
Karen O. Laia (@Karen_OLaia)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Arquitetura Sustentável



O projeto arquitetônico pode apresentar soluções para a obtenção de um edifício ecologicamente sustentável. E a partir da adoção de Sustentabilidade como um partido arquitetônico, consideram-se pontos importantes em relação a aspecto sócio-econômico e, principalmente, ao aspecto ambiental
 
A economia de energia é um ponto muito importante no que se refere à arquitetura sustentável. Pois, o projeto pode ser executado de maneira que vise à utilização de meios naturais que venham suprir necessidades de ambientes da edificação, sem que precise de uma intervenção energética.
Meios naturais estes, como por exemplo, a iluminação, insolação e ventilação natural, que muitas vezes são substituídos por iluminação artificial (uso de lâmpadas), aquecedores, aparelhos de ar condicionado e ventiladores.
 

A economia de recursos naturais no consumo e na produção de materiais construtivos e, também é considerável não só importante, como essencial.
A reutilização de matéria e a reciclagem de materiais podem interferir de modo que reduza a degradação do meio natural. Um exemplo bastante simples de reuso, é a utilização de água tratada (não potável) em usos específicos, como na limpeza e em descarga de banheiros, o que evita o desperdício de água potável.
A captação e utilização de águas fluviais, também é uma solução simples e eficaz de economia. Assim como o emprego de materiais recicláveis, reciclados, reutilizados e que exijam menor uso de matéria prima em sua produção.

<strong>Casa Taipa</strong><br />A técnica de construção com terra foi o ponto de partida do arquiteto Maurício Venâncio nesta casa em Limeira, SP. Com 90 m², a construção tem colunas estruturais de tijolo de solo-cimento, paredes externas de taipa de pilão e internas de pau a pique, pintadas com tinta à base de terra. Também é importante considerar o emprego de materiais característicos locais nas intervenções dos espaços, pois diminui o impacto no meio natural, por se integrar melhor ao meio ambiente, além de influenciar, inclusive, no conforto ambiental, por se adaptar melhor ao clima. 
Casa Taipa
A técnica de construção com terra foi o ponto de partida do arquiteto Maurício Venâncio nesta casa em Limeira, SP. Com 90 m², a construção tem colunas estruturais de tijolo de solo-cimento, paredes externas de taipa de pilão e internas de pau a pique, pintadas com tinta à base de terra.
(http://planetasustentavel.abril.com.br/album/premio-planeta-casa-categoria-projeto-arquitetonico-508824.shtml?foto=1)
 
Menor taxa de impermeabilização do solo é um fator muito importante, por evitar problemas de deslizamento de terra e enchentes.
Considerando o aspecto sócio-econômico, o que valoriza a região no entorno da edificação, é a compra de materiais construtivos, mobiliário e emprego de material humano local, visto que valoriza o comércio, gera emprego e renda.
 Imagem:
http://www.tacasas.com.br/2012/03/26/aumente-a-vida-util-do-seus-equipamentos-com-dicas-simples/

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Clássico Antigo - Roma


As edificações romanas eram cívicas, religiosas, ao lazer (como as termas, teatros e anfiteatros) e infraestrutura. Inventaram o concreto, que possibilitou a construção de cúpulas.
Os romanos introduziram ao estilo clássico, o arco e, consequentemente, a abóboda, o que possibilitou a construção de grandes vãos, portanto não necessitavam de tantas colunas como nas construções gregas. As principais obras gregas são o Panteão, o Coliseu, os arcos de triunfo de Septimius Severo e de Constantino.

 
 
 
 
 
 
 
 
 Panteão (construção de 118-128 d.C., talvez projetado pelo imperador Adriano).

domingo, 23 de setembro de 2012

Arquitetura Renascentista


Renascimento
O Renascimento acontece após o fim da Idade Média, entre os séculos XIII e XVII.
É característico da época o ressurgimento do humanismo, característico este do povo grego. Valorizou-se a racionalidade e a busca por respostas, que se deram através de estudos da matemática, literatura e arte. Foi uma época de grandes avanços culturais, econômicas e sociais.
O tratado de Vitrúvio foi reencontrado, e, a partir de então, as construções clássicas foram reconhecidas, elaborados estudos e inventários das construções romanas, além de surgir a noção de preservação e restauro. Recuperou-se os princípios clássicos, tais quais, foram reavaliados e reinterpretados.
Foi nessa época também que houve surgimento da profissão de Arquiteto. Filippo Brunelleschi (1377-1446) desenvolveu a perspectiva linear. Ele introduziu aos princípios clássicos um espaço octogonal coberto por uma cúpula, no projeto da Catedral Santa Maria dei Fiore.
Estilo Renascentista
A arquitetura renascentista é uma reinterpretação do clássico. Seus fundamentos são o uso das figuras geométricas elementares a reutilização das ordens gregas. Estruturas que permitem a combinação de colunas, pilastras e arcos, alem de plantas em formas cruciformes e cúpulas.
  
Principais Obras Renascentistas
Famosas construções renascentistas são Catedral Santa Maria dei Fiore em Florença, Basílica de São Pedro e a Capela Sistina.



 




Basílica de São Pedro, projetada por Bramante cúpula por Michelangelo (construção de 1506-1626).

O que são as Ordens Gregas?



As ordens são o conjunto de elementos e ornamentos padronizados presentes nas edificações clássicas.
Uma ordem é formada por uma coluna (fuste, base e capitel), disposta sobre um pedestal (opcional); e o entablamento( formado por arquitrave, friso e a cornija).
As cinco ordens são: a dórica, a jônica, a coríntia, a toscana e a compósita. As quatro primeiras ordens foram descritas pelo arquiteto Vitrúvio em seu tratado (século I a.C.), porém não cita a quinta ordem (compósita: combinação entre a coríntia e a jônica presente no Coliseu), tal qual veio ser descrita somente no século XV pelo arquiteto Leon Battista Alberti observando as ruínas romanas.